ECONOMISTA CHEFE DA VEEDHA INVESTIMENTOS AVALIA RESULTADO DO PIB

No segundo trimestre de 2024, o produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% comparado ao primeiro trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal. O melhor resultado foi da Indústria, que cresceu 1,8%, seguida pelos Serviços que avançaram 1,0%. A Agropecuária recuou 2,3%.

O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos das atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,2%), Construção (3,5%) e das Indústrias de Transformação (1,8%). Por outro lado, houve queda de 4,4% nas Indústrias Extrativas.

Nos Serviços, houve altas em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%), Informação e comunicação (1,7%), Comércio (1,4%), Transporte, armazenagem e correio (1,3%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%), Atividades imobiliárias (0,9%) e Outras atividades de serviços (0,8%).

Camila Abdelmalack economista chefe da Veedha Investimentos, disse que o mercado está impondo um viés de alta para projeção do PIB ao final de 2024, depois da surpresa positiva de crescimento no 2º trimestre. Segundo ela, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a atividade da Indústria  com o crescimento de 1,8%, voltou forte e a formação bruta de capital fixo está correspondendo e veio acima das projeções, que significa mais investimentos. No entanto, Camila Abdelmalack, afirma que isso precisa ser visto com um certo cuidado. “A gente tem que olhar um pouco com cuidado essa análise em relação a formação bruta de capital fixo na economia brasileira. Essa é uma métrica muito importante. A gente sabe que em um crescimento sustentável, uma das vias é o investimento em formação bruta de capital fixo. Essa taxa de investimento no segundo trimestre de 2024, ela está em 16,8%.  O IBGE pontua que é acima do que estava no 2º trimestre do ano passado, de 16,4%, no entanto, quando a gente faz a média entre 20 e 25 anos, essa média da taxa de investimento em proporção do PIB é ao redor de 17,5%, então a gente está operando abaixo da média”, aponta.

Camila Abdelmalack  lembra que em 2017, a taxa de formação bruta de capital fixo estava  abaixo de 15% e teve uma tendência de melhora. “A gente chegou a tocar até um patamar próximo de 18% em 2021. O fato é que depois de 2022, a gente tá vendo essa taxa em patamares menores. Apesar da comparação com o ano passado ser melhor, essa taxa, ela está num patamar abaixo da média histórica e acho que ainda insuficiente diante de um quadro de elevação da taxa de juros”, conclui.

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