O mercado de apostas vem se destacando cada vez mais, tanto pelo seu potencial de entretenimento quanto pelo impacto econômico. Esse crescimento é evidente no Brasil, quando analisamos o período entre janeiro de 2021 e abril deste ano. De acordo com uma pesquisa da plataforma de análise de dados Datahub, houve um aumento impressionante de 734,6% nesse período.

Há três anos, o Brasil tinha 26 empresas dedicadas a operações de “jogos de azar” e apostas online. No entanto, em 2022, esse número cresceu 203%, chegando a 79 empresas até o final do ano. Nos primeiros quatro meses de 2024, já foram abertas tantas empresas quanto existiam em todo o ano de 2022.

Profissionais que atuam no setor comemoram o cenário atual, destacando a regulamentação como o principal fator de incentivo. César Garcia, CEO da OneKey Payments, empresa que atua processando pagamentos nas operações de diversas casas de apostas, aponta como o fácil acesso e a conectividade das novas gerações estão rompendo barreiras significativas, impulsionando o crescimento do mercado de apostas no Brasil. “O crescimento de 734% do setor de apostas online no Brasil, registrado entre Janeiro de 2021 e Abril deste ano, evidencia o potencial do mercado em prol da economia do país e na geração de empregos. Antes restrito às casas lotéricas e alvo de desconfiança pública, o setor de iGaming agora é impulsionado pela acessibilidade tecnológica e pela alta conectividade de gerações mais novas, que podem acompanhar os campeonatos com facilidade e fazer suas apostas de onde estiverem”, afirma.

O porta-voz da empresa ainda diz que a regulamentação era o que faltava para viabilizar esse crescimento. “As portarias do Ministério da Fazenda não só reforçam a competência da Secretaria de Prêmios e Apostas em eleger os temas prioritários para regulamentação, ao mesmo tempo que oferecem segurança jurídica a todos os operadores e demais participantes no mercado de apostas esportivas”, acrescenta.

César Garcia também analisou como as autoridades estão abordando o processo de regulamentação. Isso inclui não apenas a definição das entidades responsáveis, mas também a implementação de medidas para prevenir possíveis fraudes.

Todo o processo regulatório demonstra que o governo está atento não apenas à mecânica do jogo, mas também aos sistemas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao vício em jogos. As medidas proíbem práticas que possam levar ao endividamento do apostador como meio de incentivo para a prática do jogo, como concessão de crédito e bonificações de todo tipo. Isso é um claro sinal do que se pode esperar na Fase 2 e 4 da regulamentação, as quais, respectivamente, deverão tratar sobre Lavagem de Dinheiro e Jogo Responsável.

Foto: César Garcia, CEO da OneKey Payments.

Crédito: Divulgação

Milton Paes

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