DIA DO ORGASMO, UMA CELEBRAÇÃO DO PRAZER

No dia 31 de julho, o mundo celebra o Dia do Orgasmo, uma data que vai além da mera celebração do prazer sexual, destacando a importância do orgasmo para a saúde e o bem-estar. Criada em 1999 por uma rede de sex shops britânica, a iniciativa buscava promover discussões abertas sobre o tema e aumentar a conscientização sobre os benefícios do prazer sexual na vida cotidiana.  Originalmente tratado como um tabu, tanto o orgasmo feminino quanto o masculino foram objeto de estudos pioneiros que começaram a revelar seus múltiplos benefícios físicos e emocionais.

Segundo explica Julianna Santos, educadora sexual e coordenadora do Guia de Sex Shop, esses estudos foram libertadores pois, além de identificarem o que é um orgasmo, também contribuíram para que conhecêssemos que o clímax é só parte de uma experiência humana mais completa sobre a relação sexual.

No século XIX e início do século XX, as teorias de Sigmund Freud sobre a sexualidade humana, apesar de controversas, abriram caminho para futuras pesquisas. Estudos iniciais sobre a fisiologia do orgasmo eram frequentemente limitados pelos preconceitos sociais e científicos da época.

Nos meados do século XX, pesquisas de Alfred Kinsey documentaram a diversidade das experiências sexuais humanas. No entanto, foi o estudo revolucionário de Masters e Johnson, nos anos 1960, que realmente mapeou a resposta sexual humana, destacando a importância do orgasmo para a saúde sexual.

Do final do século XX até o presente, avanços na neurociência e psicologia revelaram benefícios do orgasmo como a liberação de endorfinas, redução do estresse e fortalecimento do sistema imunológico.

Estudos contemporâneos continuam a explorar a conexão entre prazer sexual e bem-estar mental e emocional, fornecendo uma base científica robusta para a importância do orgasmo na saúde geral.

Esse interesse da ciência pelo tema ainda persiste, pois ainda são altas as taxas de mulheres que não conseguem atingir um orgasmo. No Brasil, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) indicou que 55% das mulheres brasileiras não atingem o orgasmo durante a relação sexual.

Produtos Sensuais e o Ciclo de Resposta Sexual Humana

O ciclo de resposta sexual humana, descrito por Masters e Johnson, compreende quatro fases: excitação, platô, orgasmo e resolução. A fase do desejo só foi descrita por Helen Kaplan em 1977, e corresponde à vontade de estabelecer uma relação sexual, a partir de algum estímulo sensorial (audição, visão, olfato etc.), assim como pela memória de vivências eróticas e de fantasias.

Depois dessa descoberta, a indústria de produtos adultos se especializou em desenvolver produtos sensuais que desempenham um papel crucial em cada etapa deste ciclo, proporcionando estímulos que facilitam e intensificam o prazer sexual, já que o bom desempenho de todas as fases culminam em um orgasmo mais prazeroso e potente. “Antes de falarmos mais detalhadamente sobre o papel de cada tipo de produto na facilitação do ciclo de resposta sexual, é preciso entender que o produto por si não faz milagres. A falta do autoconhecimento, a ansiedade, o medo, a insegurança e uma conexão sexual deficiente com o parceiro são as causas mais comuns na maioria dos casos da dificuldade de se atingir um orgasmo”, avisa Julianna.

Ela aconselha que o melhor a fazer nesses casos é que, antes de inserir um produto novo na relação, se conheça antes como o corpo reage a ele de forma solitária, para só depois propor o uso em casal. “E isso exigirá um diálogo com a parceria. O que pode ser também um grande avanço no relacionamento sobre a exposição clara sobre os desejos, fantasias e necessidades de uma cumplicidade maior na exploração dos prazeres com sensualidade e comprometimento”, diz.

A primeira fase da resposta sexual, por exemplo, acontece muito antes, no desejo. Para criar aquela vontade de ter uma relação mais íntima ou seduzir a parceria é preciso despertar os sentidos. Aqui, um perfume com feromônio, as lingeries, fantasias eróticas, a ambientação sensual e até mesmo um spray para os lábios com ativos vibrantes são capazes de liberar a mente e o corpo para um momento erótico.

Na segunda fase, a excitação, óleos para massagem irão promover um toque mais instigante, os lubrificantes podem aumentam o conforto e facilitar a estimulação, e os vibradores e estimuladores clitorianos aceleram a excitação com estímulos diretos e intensos.

Durante a fase de platô, os anéis penianos ajudam a manter a ereção e intensificam as sensações, enquanto géis e cremes excitantes prolongam essa fase aumentando a sensibilidade.

Na fase de orgasmo, dildos e estimuladores internos proporcionam estímulos profundos e direcionados, facilitando o alcance do clímax. Produtos de estimulação do ponto G e ponto P (próstata) também desempenham um papel fundamental, intensificando o prazer em zonas erógenas específicas.

Finalmente, na fase de resolução, massagens e produtos de relaxamento promovem a transição pós-orgasmo, ajudando a relaxar e aliviar a tensão muscular, além de tratar as mucosas genitais, preservando a saúde íntima.

Julianna alerta que em alguns casos, o tão sonhado orgasmo pode não vir mesmo com essas dicas. “Quando há disfunções sexuais mais sérias que podem ser resultado de condições de saúde mental e física que podem estar abaladas, o melhor é buscar o auxílio de um terapeuta sexual.”

Minuto Clímax

“O Dia do Orgasmo não é apenas uma celebração do prazer, mas também uma oportunidade para educar sobre a saúde sexual. Compreender a evolução das descobertas científicas e o papel dos produtos sensuais pode enriquecer a experiência sexual e contribuir para uma vida mais saudável e feliz”, afirma Julianna.  “Para celebrar o Dia do Orgasmo, é essencial promover discussões abertas e informadas sobre o prazer sexual e sua importância para o bem-estar. Afinal, uma vida sexual saudável e satisfatória é um componente crucial para a saúde e a felicidade de todos” finaliza Julianna.

 

Foto:  Julianna Santos, educadora sexual e coordenadora do Guia de Sex Shop.

Crédito: Divulgação.

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