A ideia de que “toda falha é de comunicação” tem sido bastante difundida no mundo dos negócios. Apesar de tantos debates sobre a importância da comunicação eficaz nas organizações, poucas
Os últimos estudos publicados pela MDPI Healthcare apontam que falhas na comunicação, especialmente em ambientes de alta demanda, podem levar a elevados níveis de estresse, burnout e absenteísmo, derrubando o desempenho e atrasando projetos. Uma das pesquisas, feita com trabalhadores da saúde e dos serviços sociais de vários países, revelou que 45% dos profissionais estão insatisfeitos com a comunicação nas organizações. Isso resulta em desmotivação, baixa produtividade e um ambiente de trabalho tóxico, onde os funcionários não se sentem valorizados ou ouvidos, aumentando o turnover e reduzindo a eficiência operacional.
Segundo o professor e mestre em Estudos de Linguagens, Marcus Vinícius de Souza, uma das falhas comunicacionais mais graves nas empresas é o “silêncio ensurdecedor”. Também conhecida como “deixar alguém no vácuo”, ela ocorre quando o emissor da mensagem, seja por e-mail, WhatsApp ou chats corporativos, nunca recebe uma resposta ou obtém um monossilábico “ok”. “Não responder o interlocutor pode transparecer descaso, prepotência ou (falsa) noção de superioridade. Isso desmotiva, aborrece e angustia. No WhatsApp, é possível acionar o recurso ‘marcar como não lida’, caso o problema seja esquecimento”, recomenda o professor.
Outro problema importante na análise de Marcus Vinícius é a “surdez narcísica”: quando uma pessoa se antecipa ao que alguém está comunicando, interrompendo-a. Isso demonstra dificuldade na interação com os colegas. “Escutar pressupõe empatia. Uma dica é manter-se atento ao que alguém fala sem ficar planejando o que você vai falar durante a expressão alheia. Afinal, a escuta é dirigida ao outro, não a você mesmo”, orienta.
Em contrapartida, estudos como o da Frontiers in Psychology provam que a comunicação eficiente reduz incidentes de segurança e melhora o comprometimento e a motivação dos funcionários. O resultado é uma maior produtividade e colaboração.
Foto: Professor e mestre em Estudos de Linguagens, Marcus Vinícius de Souza.
Crédito: Divulgação.
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