ARTIGO DE LIZA SCHEFER

Por mais que pareça óbvio que investir em ações com formadores de opinião, em canais de comunicação, em venda digital, em mídias sociais, em mídias externas e em tantas outras possibilidades de divulgação de marca é essencial às empresas, há ainda quem acredite que apenas a força que a marca conquistou ao longo dos anos e o Top Of Mind a mantém no mercado.

Essa decisão por não se atualizar e ficar estagnado em meio a uma era tão tecnológica e dinâmica pode ser arriscada. Segundo o relatório ‘43º Webshoppers’, criação da consultoria Ebit Nilsen com o Bexs Banco, as vendas online no Brasil cresceram 41% em 2020, movimentando cerca de R$ 87 bilhões no país. O frete grátis foi apontado como um dos principais motores para esse impulsionamento, oferecido em 43% das vendas.

Mas um bom canal de e-commerce e ofertas digitais surgiram devido à demanda da pandemia? De modo algum. Desde o boom das redes sociais e a crescente fidelização das marcas e do público consumidor com essas plataformas, as empresas já notaram – ou deveriam ter notado – a força desse canal. A Total Retail 2017 da PWC Brasil já trazia informações como o fato de que 1/3 dos brasileiros compram menos em lojas físicas, 77% dos consumidores são influenciados pelas redes sociais na hora de escolher um produto e 43% descobrem marcas novas pelas redes sociais.

Vamos a um exemplo prático. A Vapza Alimentos trabalha com food service e varejo, sendo que um representa 40% e outro 60% das vendas da empresa, respectivamente. Em ambos os casos foi preciso uma reestruturação em 2020, já que o food service foi impactado com os fechamentos provocados pela pandemia, enquanto o varejo precisou se adaptar a um novo método de consumo. Em ambos os casos, a solução foi encontrada em duas palavras: investimento e negócio.

Em um ano, a Vapza melhorou seu canal de venda digital, chegando a crescer 47% em e-commerce, criou um blog que contém conteúdo mensais sobre diversas temáticas, aumentou em 32% a quantidade de seguidores nas redes sociais, o que melhorou a visibilidade e engajamento da marca, expandiu sua atuação com influenciadores, contratou embaixadores e fortaleceu a comunicação e o marketing digital. Investimento.

Como consequência do crescimento institucional, que foi de 12%, a Vapza também expandiu sua atuação direta para outros estados, criou campanhas off-line, investiu em mídia OOH, contatou novos parceiros de food service, pôs em prática o método de revenda, destacou os produtos no varejo, desenvolveu linhas de comunicação estratégicas e designou campanhas específicas para cada canal. Negócio.

Então, empresário, meu conselho é: invista em estratégia multiplataforma. Não foque só no on ou no off se você atua em ambas as esferas. Existem públicos híbridos e os que preferem consumir de apenas uma maneira. O importante é saber atingir o alvo e crescer de maneira inteligente, atualizada e 360º.

 

Liza Schefer é Head de Marketing & Trade Marketing na VAPZA, com especialização em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.

 

Milton Paes

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