Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam que Campinas é hoje um dos mercados mais promissores para franquias. A cidade passou da 24ª posição no ranking de operações em 2022 para a 6ª posição em 2023, registrando 38 sedes franqueadas e faturamento de mais de R$ 3,5 bilhões. Em todo o Brasil, o setor alcançou R$ 240 bilhões no mesmo período, com projeção de crescimento de 10% para este ano. Embora seja um segmento em expansão, é preciso cautela na hora de decidir investir nesse tipo de negócio. “É fácil compreender porque Campinas registra esse ótimo desempenho, costumamos falar que a cidade é o Vale do Silício brasileiro”, destaca Marcio Oliveira, professor da área de Negócios do curso de Gestão do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden. “É uma cidade que lança tendências, forma capital humano, intelectual, acadêmico e financeiro, com uma vocação para o desenvolvimento. Por isso, sempre foi protagonista no cenário econômico, político, tecnológico e cultural, sendo o 4º maior PIB do Estado de São Paulo”, diz. “Muitas redes e franquias são criadas também na nossa região, o que naturalmente impulsiona esse setor de forma contínua”, completa.

Marcio Oliveira ressalta que, para o empreendedor, a franquia oferece a vantagem de poder iniciar um negócio a partir de um modelo já testado, validado, estressado em seus possíveis riscos e vulnerabilidades, e finalmente consolidado. “Isso traz mais segurança e credibilidade, mas para garantir uma boa implementação, é preciso fazer um estudo de mercado, considerando que cada região tem suas particularidades e perfil de consumidor para cada tipo de produto ou serviço. É nessa hora que podemos validar a aderência à marca escolhida e verificar, por exemplo, nosso nível de concorrência, além de fatores como boa localização da loja e tráfego do público-alvo”, afirma.

O professor do UniMetrocamp Wyden acrescenta que algumas marcas oferecem a opção do licenciamento. “É uma subdivisão da franquia, onde o empreendedor adquire a licença de uso daquela marca, mas sem as exigências integrais de uma franquia, com a possibilidade de implementação modular, mais flexível e com investimentos iniciais um pouco mais baixos. Costuma estar disponível em redes menores e pode ser algo a considerar”,diz.

Em qualquer caso, Marcio Oliveira reforça que para que qualquer negócio tenha boas chances de se manter a longo prazo e com êxito, ele precisa ser um ganha-ganha, ou seja, trazer benefícios a todos: empreendedor, público consumidor, sociedade em geral e comunidade no entorno. “O empreendedor precisa ter empatia e saber ouvir o cliente, entender suas demandas e expectativas e construir sua franquia a várias mãos. Quando o consumidor se sente incluído e é parte do processo de escolha dos serviços e produtos, o sucesso é líquido e certo”, conclui.

 

Foto: Marcio Oliveira, professor da área de Negócios do curso de Gestão do Centro Universitário UniMetrocamp Wyden.

crédito: Divulgação.

Milton Paes

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