RELATÓRIO DA B3 MOSTRA QUE NÚMERO DE INVESTIDORES NO BRASIL BATE RECORDE

O número de investidores brasileiros não para de crescer e bate um novo recorde. Embora em 2023 tenha registrado sua primeira queda após muitos anos, a bolsa brasileira B3 acabou o mesmo ano com um número recorde de investidores. São mais de 19 milhões de pessoas físicas investindo em renda fixa e variável na bolsa, quase o dobro de pessoas que investiam em 2020.

Para Ademir Corrêa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, uma explicação seria a situação macroeconômica do país. “A conjuntura econômica do primeiro trimestre, com queda na inflação e na taxa de juros, contribuiu para aumentar a confiança do investidor, que, além de ampliar o volume aplicado, diversificou mais a carteira”, aponta.

O número expressivo é consequência de um aumento de oito meses seguidos no número de investidores, segundo a própria B3, principalmente na renda fixa. O alto patamar da taxa Selic é responsável por trazer muitos investidores para esse tipo de investimento. Hoje, ela tem cerca de quatro vezes mais investidores que a renda variável. No montante, são R$ 1,8 trilhão computados até o primeiro trimestre de 2023.

Entre os principais produtos da renda fixa, estão o Tesouro Direto, que em um ano registrou um aumento de 500 mil investidores, movimentando R$ 130 bilhões, e os produtos de captação bancária, como CDBs, LCIs e LCAs, que ganharam quase 2 milhões de investidores, movimentando R$ 1,7 trilhão.

Na renda variável, a vez é dos fundos imobiliários

Já na renda variável são os fundos imobiliários que ganham destaque. Chegaram a 2,6 milhões de investidores, sendo que 76% são de pessoas físicas. Ter uma carteira diversificada é uma estratégia que vem sendo observada pela B3. Se, antes, quase metade das pessoas físicas só investiam em ações, hoje ativos como fundos imobiliários ganharam espaço.

Em relatório, foi apontado que a média do primeiro investimento é de R$ 128, mas que a maioria começa com R$ 40. Homens formam a maioria dos investidores, com 77%. Contudo, as  mulheres aplicam em renda variável com valores maiores que eles. O valor médio do primeiro investimento delas é de cerca de R$ 199.

Tecnologias auxiliam a investir

Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoas Físicas da B3, afirma que esse aumento de investidores exige adaptação em tecnologia. “O nosso papel é justamente construir facilidades e novidades para tornar a experiência cada vez mais motivadora e sem fricções, que, no final do dia, entregue para esse investidor valor relacionado à otimização de tempo, serviço e informação”, diz.

A fim de facilitar o acesso, hoje corretoras de investimentos, fintechs e instituições financeiras podem se conectar na Área de Investidor da B3, plataforma que traz facilidades para o investidor pessoa física. “Já iniciamos a implementação de serviços-chave, como a simplificação da declaração de imposto de renda em bolsa, em conjunto com a Receita Federal e a portabilidade de investimento”, conclui Felipe Paiva.

 

Foto 1: Ademir Corrêa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Foto 2: Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoas Físicas da B3.

Crédito: Divulgação.

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