De acordo com um levantamento da consultoria Brain, em parceria com a Forbes, o mercado imobiliário paulistano apresentou números prósperos em 2023, com destaque para o segmento de imóveis de luxo e superluxo. Ao longo do ano, as mansões e apartamentos de alto padrão registraram aumento de 40% nas vendas, movimentando aproximadamente R$ 15,3 bilhões no setor.

Ao todo, foram 4.935 imóveis de luxo vendidos no ano passado, colaborando com um aumento de 21% no faturamento de sua categoria. No geral, o mercado imobiliário de São Paulo apresentou crescimento de 12% em 2023, com mais de 90 mil apartamentos negociados e R$ 50 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). “O VGV cresceu, e esse crescimento foi impulsionado tanto por empreendimentos de segunda moradia, muito sofisticados, quanto por mudanças no padrão de consumo e pelo upgrade das moradias dos principais mercados”, comenta Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain, para a Forbes.

De acordo com os empresários do setor, há uma demanda maior de imóveis de luxo para um público mais jovem, devido à ascensão de startups e fintechs financeiras. “Antes os imóveis de alto padrão, com preços na casa dos milhões, eram acessíveis apenas a pessoas mais velhas. Agora os jovens podem entrar nesse mercado e mudar as estatísticas”, diz Álvaro Marco Coelho da Fonseca, diretor da imobiliária Coelho da Fonseca, em entrevista concedida a Forbes.

A tendência por imóveis mais sustentáveis também vem sendo considerada um fator determinante para esta ascensão dos modelos de alto padrão. Os compradores buscam alternativas que combinem fatores como design moderno, integração com tecnologia e sustentabilidade, que costumam envolver sistemas de energia solar já instalados, ferramentas para reaproveitamento de água e mais.

Atualmente, imóveis que incluem essas alternativas de energia limpa são automaticamente valorizados. A instalação de placas fotovoltaicas exige um grande investimento do proprietário, assim como várias adaptações no imóvel, sendo necessário usar diversas ferramentas, como parafusadeira. Para os interessados, acaba sendo mais viável adquirir uma casa que já venha com todos esses recursos inclusos.

Muitos desses avanços sustentáveis também andam lado a lado com as inovações tecnológicas, fazendo das residências um lugar mais inteligente e favorável ao meio ambiente. Essas são as verdadeiras “casas do futuro”, o que justifica seus valores elevados e o interesse de um público mais seleto.

 

Foto: Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain.

Crédito: Divulgação.

Milton Paes

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